Sou filho de policial e isto por si só não me autoriza a falar sobre segurança pública que hoje está invadida por Advogados como eu, Sociólogos, Pedagogos e gente de todo tipo e especialidade técnica. Não são pessoas de menor ou maior gabarito ou cultura, mas é que acredito que quem entende do assunto é o policial que está na ativa e na rua. Este, geralmente, é o ultimo a ser consultado.
Ora vejamos, sabemos que nosso País é carente e tem muitos desempregados ou foram engolidos por modernidades assustadoras, ou não possuem estudo suficiente pra se estabelecer no mercado. Uma pequena parcela dos crimes cometidos, vêm desta camada da sociedade que passa por algum aperto. Mas é bem pequena tendo em vista que temos uma massa de desempregados, pobres porém honestos, graças a Deus.
Mas o que tem que ser perguntado é : Quando um problema deixa de ser social e passa a ser caso de polícia? Vejamos os ambulantes que vendem de tudo desde o artesanato a produto ilegal, carga roubada e produtos falsificados. O que é problema social e o que é crime?
Eu entendia, que o problema é social até o momento em que ele vira crime e não encontra na lei excludente. Deste momento, ele é crime. Pretender descriminar algo por vontade “política” é perigoso e bota toda sociedade ordeira em perigo.
Uma vez um candidato a Prefeito em Porto Alegre, fez esta pergunta ou criou uma alternativa, que poderíamos tratar tal fato do ponto de vista social ou policial. Se pode ser considerada a hipótese de crime ele já deixou de ser questão social há muito tempo. Não existe este tipo de alternativa.
Problema social é a fome, saúde, educação, desemprego, moradia e não o furto, roubo e latrocínios. Quando chega nestes últimos, o caso é de polícia, única e tão somente.
Precisamos de um Estado forte e atuante na segurança pública sabendo que segurança se faz com investimento. Construindo presídios, aparelhando as Polícias e contratando um número adequado de agentes. Mas antes temos que encarar o crime como crime e o problema social remeter a pasta pertinente, e que não seja a da Segurança.