O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, propôs que se avance “para a tipificação penal transnacional”. Em discurso por ocasião do I Encontro Internacional de Juízes de Fronteira, nesta cidade, o ministro Vidigal afirmou que o crime organizado não conhece fronteira.
“Não vale a pena a competição entre nós próprios, poucos e pobres, se contemplarmos o que há hoje de consistente em audácias e garras no resto do mundo. Devemos trabalhar a América do Sul para que sejamos um bloco só, uno, solidário, capaz de, juntos, identificar problemas e formular soluções conjuntas”, disse o ministro para uma platéia de magistrados do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Ainda no seu pronunciamento, o presidente do STJ lembrou o encontro que ocorreu em Brasília, no final do mês passado, quando as Cortes Supremas do Brasil e de mais seis países do continente latino-americano discutiram a reforma do Judiciário.
“Agora estamos sabendo que o Brasil, por intermédio do Poder Executivo, está propondo aos demais países da América do Sul a formação de um bloco sul-americano inspirado pelos mesmos ideais de unidade para, assim, enfrentarmos juntos os problemas do nosso continente que são comuns a todos nós”, afirmou.
O encontro foi aberto pelo presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Jorge Maurique. Em discurso, o presidente da entidade enfocou o propósito do encontro internacional.