A alma de um juiz, embora a autoridade que possua,
(autoridade para definir histórias),
Não foi agraciada para elevar ou endeuzzar um homem…
Mas para, na maioria das vezes,
conduzi-lo ao contato direto com a essência humana,
– o que representará em muitos casos,
posicionar-se junto ao mais “pobre” dos homens,
a fim de compreender a causa dos atos,
analisar o comportamento e a patologia dos sentimentos
que não só a um jurídico caberia fazer,
mas a um psicólogo, um sociólogo… um investigador.
A alma de um juiz,
Embora honrosa, traz o mais pesado dos fardos
(a responsabilidade da decisão).
Se mais difícil ou imperioso acusar
ou por vezes aparentemente impossível defender,
o fato é que ao magistrado cumprirá
não só impulsionar o processo,
mas emitir a última opinião em uma instância.
E quão difícil é esta missão…
Porque mesmo que a decisão tenha sido acertada,
O “fim ideal” jamais representará o agrado de todos,
– Afinal a sentença não apenas indica a razão,
mas aponta um perdedor.
E como assim devem ser todas as almas,
a alma de um juiz não possui um sexo;
Mas do homem abstrai a força…
força para lutar e manter-se firme na busca pela justiça;
E da mulher traz consigo o apurados “sentidos”,
que antevêem a razão e que apuram a verdadeira
essência.
A alma de um juiz…
vem do mais puro viver,
Faz-se do mais sincero querer,
Alimenta-se da mais bela esperança (a Justiça)
E mantem-se na mais vigorosa força…
….a fim de sobreviver ao juízo daqueles,
que pelos mais diversos motivos,
colocam-se parciais ante a causa,
e a ilidem sob o ponto de vista
eivado do seu próprio interesse.
E é por isto que a alma de um juiz
Que é a essência da magistratura,
E o supedâneo que faz pender a balança
É a que deve comandar
quem quer que esteja neste cargo investido;
É ela que justifica o seu merecimento,
e a que o premia com o mais belo dos louvores
que possa a uma pessoa ser dirigido:
– A de um homem JUSTO.
Redigido em 1/12/2002