Os deputados britânicos rejeitaram, esta quinta-feira, uma emenda para um segundo referendo sobre o Brexit com uma maioria de 249 votos: 334 contra e 85 um favor.
Das várias propostas em cima da mesa no parlamento britânico, os deputados votaram, nesta quinta-feira, um segundo referendo sobre o Brexit e a extensão do período definido para a saída da União Europeia.
O parlamento britânico iniciou um debate sobre o possível alargamento do prazo legal para a saída da UE, previsto para 29 de março, e que só é possível se os restantes 27 Estados membros aceitarem a extensão do artigo 50.º do Tratado de Lisboa, que determina dois anos de negociação para um estado membro sair da UE.
Uma proposta avançada pela independente Sarah Wollaston sugere uma “prorrogação do período do artigo 50.º no Conselho Europeu de março de 2019 suficiente para os fins de legislar e realizar uma votação pública em que as pessoas do Reino Unido possam dar o seu consentimento para sair da União Europeia em termos a determinar pelo parlamento, ou que mantenha o Reino Unido na União Europeia”.
O governo propõe, na moção que apresentou para votação, pedir à UE uma “prorrogação técnica curta e limitada” de três meses, até 30 de junho, necessária apenas para passar a legislação necessária caso o parlamento aprove um acordo até dia 20 de março.
O voto de hoje é uma consequência do chumbo do Acordo de Saída da UE, na terça-feira, por 391 votos contra e 242 votos a favor, documento que já tinha sido rejeitado em janeiro por uma margem histórica de 230 votos. Como consequência, Theresa May propôs ao parlamento votar a rejeição de uma saída do Reino Unido da União Europeia sem um acordo, o que foi confirmado por 321 votos a favor e 278 contra, uma margem de 43.