Que direito se esconde atrás daquelas tão eruditas palavras?
Palavras que narram as ânsias e súplicas mais angustiantes… Que descrevem os fatos mais inusitados em circunstâncias às vezes até similares às já conhecidas, mas envolvidas de detalhes tão particularmente discutidos, capazes de chamar a atenção para o fato, como se único fosse…
Pleiteia-se justiça, respalda-se na norma, socorre-se de outras decisões para fortalecer o pedido… tudo em nome do puro direito.
E distante de toda e qualquer técnica, das habilidades discursivas e até mesmo do peso que muitas assinaturas custam… Que direito persiste?
E quais seriam as corretas palavras capazes de exprimir… de descrever o direito? Quais palavras seriam capazes de transcrever o sentimento de quem se vê tolhido de suas garantias, lesado… injustiçado por outro?
Um clamor que se busca materializar gramaticalmente…
No reverso, apesar dos exageros que muitas transcrições possam trazer… quantos direitos não foram ceifados porque não foram devidamente defendidos?
Quantos não foram aqueles que ficaram pelo caminho desamparados quando uma luta ainda não estava definida?
Por certo muitos perderam a esperança… mas quantos não foram aqueles que gozaram da indescritível sensação de ter o seu direito reconhecido…
Quantas crianças não tiveram seus direitos garantidos, quando estas sequer poderiam imaginar que os tinham; Quantos puderam ter a reparação de um dano, quando, se considerado a sua hiposuficiência, jamais a teriam alcançado?
As responsabilidades de um causídico todos podem detalhar… mas tão quão é o próprio direito, ninguém há que possa valorar, quanto mais… satisfatoriamente transcrever.