O ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Luiz Gushiken foi absolvido hoje (20) do crime de peculato pelo relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já tinha indicado aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nas alegações finais apresentadas no início do julgamento, que Gushiken não deveria ser condenado porque não havia provas contra ele.
O ex-ministro era acusado de autorizar desvio de recursos do Banco do Brasil para a empresa DNA Propaganda, de Marcos Valério, que seriam repassados no mensalão. A implicação de Gushiken no esquema veio do ex-diretor de Marketing do banco Henrique Pizzolato, que disse que precisava da autorização do ministro para tomar decisões, mas, posteriormente, o próprio ex-dirigente mudou seu depoimento.
De acordo com Barbosa, nenhuma prova corroborou ou auxiliou a prova de que Gushiken tenha se reunido com Pizzolato ou outro réu do mensalão. “Não há provas de que Gushiken tenha participado de fatos narrados na denúncia, razão pela qual eu o absolvo”.
Mesmo com o pedido da PGR e com o voto de Barbosa, Gushiken só pode ser considerado absolvido de fato quando os demais ministros votarem, o que ocorrerá a partir da próxima quarta-feira (22).