O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse nesta segunda-feira (dia 16) que o presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), não conseguiu defender-se das acusações de envolvimento em fraudes na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e na aplicação de recursos do Banco do Estado do Pará (Banpará). “Jader apenas fez insinuações e eu poderia ter respondido, desfazendo todos os pontos que ele abordou”, completou.
A explicação de Antonio Carlos para não ter feito um pronunciamento contestando a defesa de Jader foi a de que “não queria fazer o jogo dele, para evitar que a imprensa continue dizendo que é uma luta entre duas pessoas”. O senador baiano acrescentou que o Senado é que deve avaliar se Jader Barbalho reúne condições de continuar presidindo a instituição.
– Não será uma luta entre Antônio Carlos e Jader, como a imprensa tem noticiado insistentemente – disse o senador pela Bahia.
Em entrevista coletiva concedida em seu gabinete após o pronunciamento de Jader Barbalho no plenário do Senado, Antônio Carlos disse que pretende deixar os senadores à vontade para que eles tomem as providências que julgarem necessárias a respeito das denúncias contra o parlamentar paraense. Ele antecipou que não tomará a iniciativa de requerer o afastamento de Jader da presidência da Casa, mas apoiará qualquer pedido nesse sentido.
Respondendo à afirmação de Jader de que outros políticos teriam indicado superintendentes para a Sudene, Antônio Carlos confirmou que indicou o hoje senador Paulo Souto (PFL-BA) para o cargo.
– Uma coisa é indicar ladrão, outra coisa é indicar homem de bem. Os dois indicados por Jader (José Artur Guedes Tourinho e Maurício Vasconcelos) foram demitidos porque eram ladrões – disse.