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OAB manda apurar assédio de advogados a parentes de vítimas de acidente

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, recomendou hoje (10) às 27 regionais da OAB nos Estados e no Distrito Federal que apurem as denúncias de que advogados estariam assediando, com oferta de serviços jurídicos, famílias de vítimas do acidente com o vôo 1907 da Gol. Busato também sugere a instauração de processos disciplinares contra os advogados envolvidos.

A recomendação de Busato atende a decisão do Conselho Federal da OAB de que as regionais precisam ser advertidas sobre a violação do código de ética dos advogados configurada na prática de “captação de clientela”. Os 81 conselheiros votaram hoje a favor da advertência.

As penas para o advogado que comprovadamente infringe o código de ética vão da censura à expulsão dos quadros da OAB. As regionais são responsáveis pela apuração das infrações.

Desde a semana passada, os parentes de vítimas do acidente que aguardam em Brasília a identificação e liberação dos corpos têm reclamado do assédio de advogados, que oferecem auxílio jurídico na busca de indenizações pelo acidente.

Ontem (9) a companhia aérea Gol informou que procurou familiares das vítimas do acidente para tratar das indenizações. De acordo com a empresa, os valores para as indenizações serão avaliados “caso a caso”. O acidente ocorreu no dia 29 de setembro, depois que o Boeing da Gol chocou-se com um jato Legacy e caiu no norte de Mato Grosso. Os 149 passageiros e seis tripulantes do Boeing morreram.