O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso concedeu mais 30 dias para que a Polícia Federal em Cuiabá finalize a investigação sobre as causas e responsáveis pelo acidente envolvendo o Boeing 737-800 da Gol e o jato executivo Legacy, ocorrido no dia 29 de setembro do ano passado. A colisão entre resultou na morte de 154 passageiros do Boeing.
O pedido de prorrogação foi feito nesta quarta-feira (25) pelo responsável pelo Inquérito, delegado Renato Sayão. Passados sete meses desde o acidente, Sayão aguarda que o Instituto Nacional de Criminalística conclua o laudo pericial que apontará as circunstâncias em que os aviões se chocaram. A PF iniciou as investigações no dia 4 de outubro.
Como já colheu os depoimentos dos pilotos do Legacy, os norte-americanos Joe Lepore e Jan Paladino, e dos controladores de vôo que trabalhavam nas torres de comando de Manaus e Brasília na ocasião, o delegado acredita que o novo prazo será suficiente para apresentar ao Ministério Público o parecer final.
A PF já indiciou Lepore e Paladino por negligência e estuda a necessidade de indiciar também aos controladores. Segundo a polícia, os pilotos do Legacy estariam voando com o transponder (equipamento utilizado para evitar colisões) desligado.
Se, com base no Inquérito da PF, o Ministério Público aceitar o indiciamento de todos, os pilotos serão denunciados e o caso encaminhado à Justiça. Já no caso dos controladores de vôo, o processo ficará sob responsabilidade do Ministério Público Militar.