Os juízes rejeitaram uma apelação do tenista não vacinado depois que o governo australiano cancelou seu visto por motivos de “saúde e boa ordem”.
Djokovic disse estar “extremamente decepcionado”, mas aceitou a decisão. Ele partiu em um voo para Dubai.
O veredito marca o fim de uma saga de 10 dias, em que o sérvio lutou para ficar no país e defender seu título no Aberto da Austrália.
Fãs de Djokovic ficaram em silêncio do lado de fora do tribunal quando a decisão foi anunciada na véspera do que seria seu jogo de abertura no torneio.
O primeiro-ministro australiano Scott Morrison saudou “a decisão de manter nossas fronteiras fortes e manter os australianos seguros”, mas seu governo enfrenta críticas internas e externas por lidar com o assunto.
Por que o desafio foi rejeitado?
Djokovic deu entrada no processo depois que o ministro da Imigração, Alex Hawke, usou seus poderes para cancelar seu visto, argumentando que sua presença no país arriscava alimentar o sentimento anti-vacina.
Durante a audiência de domingo perante um painel de três juízes, a defesa de Djokovic argumentou, sem sucesso, que os fundamentos dados pelo governo eram ilógicos porque deportar a estrela também arriscava alimentar o sentimento anti-vacina.
O presidente da Suprema Corte, James Allsop, disse que a decisão do tribunal foi baseada na legalidade da decisão do ministro, não em se era a decisão certa a ser tomada.
Ele prometeu divulgar o raciocínio completo para a decisão nos próximos dias.
Tem havido muita indignação pública na Austrália pela tentativa do jogador de entrar no país sem ser vacinado contra o Covid-19. O governo federal disse repetidamente que as pessoas devem cumprir as leis rígidas em vigor para lidar com a pandemia e que ninguém está “acima da lei”.
Como demorou 10 dias para decidir o destino do jogador?
Djokovic recebeu originalmente uma isenção médica para entrar na Austrália por dois painéis de saúde independentes diferentes – um encomendado pela Tennis Australia e outro pelo governo do estado de Victoria – após testar positivo para coronavírus em meados de dezembro.
No entanto, a Força de Fronteira Australiana o deteve em 5 de janeiro por não atender aos requisitos federais de coronavírus e seu visto foi revogado.