O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (23) os registros de candidatura à presidente da República de Cabo Daciolo (Patriota), Guilherme Boulos (PSOL), João Amoêdo (Novo) e Marina Silva (Rede).
Os pedidos de registro foram deferidos pelos 7 ministros da Corte Eleitoral. Por unanimidade, eles constataram ausência de qualquer “causa de inelegibilidade” em relação aos candidatos, como condenações criminais por órgão colegiado (como exige a Lei da Ficha Limpa).
Cabo Daciolo
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou hoje (23), por unanimidade, o registro de candidatura de Cabo Daciolo, do partido Patriota, à Presidência da República. A vice é a Professora Suelene Balduíno, do mesmo partido.
Integrante do Corpo de Bombeiros, Cabo Daciolo, 42 anos, foi filiado ao PSOL, PTdoB e Avante. Ele ganhou notoriedade em 2011 por liderar a greve da categoria no Rio de Janeiro e foi eleito deputado federal pelo Rio de Janeiro nas eleições de 2014.
Foi lançado pré-candidato em 28 de março de 2018 pelo Patriota, antigo PEN. Não apresentou lista de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O primeiro turno das eleições ocorre no dia 7 de outubro. De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros.
Guilherme Boulos
Também aprovou hoje (23), por unanimidade, o registro de candidatura de Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Presidência da República nas eleições de outubro. A vice é Sônia Guajajara, também do PSOL. A chapa disputa as eleições numa coligação com o PCB.
Boulos, de 35 anos, é natural de São Paulo, filho de médicos e professores da Universidade de São Paulo (USP). Ele é filósofo formado pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, na qual ingressou no ano 2000. Também é psicanalista, professor e escritor.
A vida política de Boulos começou em 1997, aos 15 anos, quando ingressou no movimento estudantil como militante na União da Juventude Comunista (UJC).
Depois, conheceu o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), do qual é coordenador. Declarou patrimônio de R$ 15,4 mil.
O primeiro turno das eleições será realizado no dia 7 de outubro. De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros.
Marina Silva
Por unanimidade, o registro de candidatura de Marina Silva (Rede) à Presidência da República nas eleições de outubro. O vice na chapa é Eduardo Jorge, do PV, definido após aliança entre os dois partidos. Marina Silva tem 60 anos, é historiadora e disputa a eleição presidencial pela terceira vez. Ela declarou patrimônio de R$ 118,8 mil.
Em 2014, candidata pelo PSB, ficou em terceiro lugar, com mais de 20% dos votos. No ano seguinte, liderou a formalização de um novo partido, a Rede Sustentabilidade, pelo qual entra na disputa à Presidência deste ano.
Ex-senadora e ministra do Meio Ambiente, Marina nasceu em uma pequena comunidade chamada Breu Velho, no Seringal Bagaço, em Rio Branco, no Acre. Em 1984, ela ajudou a fundar a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Acre. No ano seguinte, filiou-se ao PT.
Marina foi eleita pela primeira vez a um cargo público nas eleições de 1988, quando foi a vereadora mais votada de Rio Branco. Depois disso, foi eleita deputada estadual e senadora (dois mandatos). Foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula.
O primeiro turno das eleições ocorre no dia 7 de outubro. De acordo com o TSE, mais de 27,6 mil candidatos a presidente, governador, senador e deputado federal, estadual e distrital vão disputar os votos de 147,3 milhões de eleitores brasileiros.
Aprovação dos Vices
Também foram aprovadas as candidaturas dos candidatos a vice-presidente de cada um dos presidenciáveis: Eduardo Jorge (PV), Sônia Guajajara (PSOL), Suelene Balduino (Patriota) e Christian Lohbauer (Novo), respectivamente.
Na mesma sessão, os ministros também observaram a regularidade das convenções partidárias que aprovaram todas essas candidaturas. Na sessão da última terça (21), o TSE já havia aprovado também a candidatura de Vera Lúcia e seu vice, Hertz Dias, do PSTU, à Presidência. Nenhum deles foi alvo de qualquer impugnação (contestação) ao registro.