O juiz em exercício no Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, Bruno Rulière, manteve o afastamento de eventos esportivos de 71 torcedores que estiveram nesta segunda-feira, dia 20, no Fórum Central do Rio, em audiência de instrução e julgamento do processo instaurado no ano passado. Presos por policiais do Grupo Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), da PM, os réus estão sendo acusados de formação de quadrilha (artigo 288 do Código Penal), incitação à violência (artigo 41-B da Lei 10.671/03) e de desobediência (artigo 330 do Código Penal), por desrespeitar decisão judicial que proíbe a reunião da Força Jovem do Vasco num raio inferior a cinco quilômetros do local de partida de futebol. Os torcedores estavam reunidos antes de jogo Flamengo X Vasco, que ocorreu no Maracanã, em 28 de outubro de 2017. O Juizado do Torcedor já determinou o afastamento dos estádios de um total de 644 torcedores, no Estado do Rio.
Na audiência, que durou cinco horas, foram ouvidas as testemunhas de acusação – um subcomandante do Gepe e outros três policiais que executaram as prisões na sede da Torcida Jovem do Vasco, na Rua Bonfim, em São Cristóvão. Na ocasião, os policiais aprenderam no local um punhal, um soco inglês, um porrete e fogos de artifício. Um dos policiais reconheceu entre os réus seis integrantes da Força Jovem do Vasco. Questionados por advogados de defesa, os policiais reconheceram que as armas não foram aprendidas com os réus, mas no local onde eles se encontravam. Uma nova audiência está marcada 5 de novembro.