A “revolução” de Einstein há muito tornou popular a fórmula física E=mc² (energia é igual a massa vezes o quadrado da velocidade da luz). Ficou provado que a equivalência entre massa e energia, (uma pequena quantidade de massa pode ser transformada em uma grande quantidade de energia), permite explicar a combustão das estrelas e dar ao homem maior conhecimento sobre a matéria.
A energia nuclear se refere a energia consumida ou produzida com a modificação da composição de núcleos atômicos, sendo que também tem utilidade na geração de eletricidade em usinas de vários países do mundo. Mas a grande questão que salta aos olhos é: a energia nuclear é segura?
Bem, para se ter uma idéia da magnitude do assunto, atualmente existem mais de quatrocentas usinas nucleares em operação no mundo – a maioria no Reino Unido, EUA, França e Leste europeu. Por certo que vazamentos ou explosões nos reatores por falhas em seus sistemas de segurança podem provocar graves acidentes nucleares, como o ocorrido na usina russa de Tcheliabínski, em setembro de 1957 e que contaminou cerca de 270 mil pessoas.
Não nos olvidemos ainda do acidente nuclear mais grave que se tem notícia, aquele de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, que deixou mais de trinta mortos, centenas de feridos, além da formação de uma nuvem radiativa que se espalhou por toda a Europa, fazendo com que o número de pessoas contaminadas se tornasse incalculável.
Ao passo que este sério questionamento sobre a segurança da energia nuclear nos consome quando pensamos no aumento do seu uso, também temos que ter em mente que, com o crescente aquecimento global que nos aflige, poderemos morrer ainda mais cedo, como os mais de 20 mil infelizes na Europa em ocasião recente que gerou temperaturas elevadíssimas no velho continente.
No nosso sentir, resta indubitável que a energia nuclear usada com cautela, além de ser uma fonte de energia barata e limpa, serve como uma alternativa bastante viável para o uso de combustível fóssil ou energia solar, vez que suas possibilidades surgem em época providencial para todo o Universo, conforme falamos, pois a vida contemporânea está reclamando, e por toda a parte, novos e extensos suprimentos de energia.
De qualquer modo, ancorados que estamos no pensamento de James Lovelock, químico inglês Doutor em Medicina na Faculdade de Higiene e Medicina Tropical de Londres, entendemos que a energia nuclear constitui um dos novos recursos de que a humanidade terá de valer-se agora, sem abandono de outros, por enquanto desaproveitados, como raios solares diretos e a maré, entre outros, vez que podemos administrar a atividade nuclear de forma segura, com competência, honestidade e transparência.
A objeção equivocada à energia nuclear, na maioria das vezes, está baseada em medo irracional, alimentado pela ficção que é desenhada em filmes norte-americanos, ou mesmo pelo lobby verde de várias entidade “ecoxiitas”, pois cremos que esses receios são injustificados, e a energia nuclear tem provado, desde o seu início em 1952, ser a mais segura das fontes de energia.
Assim, mesmo que estejam certos em relação a alguns perigos, e não estão, seu emprego mundial como fonte principal de energia representaria uma ameaça insignificante, se comparada com os riscos de ondas de calor intoleráveis e letais, e ainda com a elevação dos mares, que inundaria as cidades costeiras e que nos trazem preocupações com mais intensidade.
Por fim, lembramos que o consumo de energia que é estimado para no início do século XXI poderá ser cinco vezes maior que o consumo atual, e o que é pior, as atuais reservas de combustível de origem fóssil logo se tornarão insuficientes. Não temos tempo para experimentar outras fontes visionárias de energia, pois a civilização está em perigo iminente e tem de empregar a energia nuclear – a única fonte segura disponível agora, ou então suportar a dor que logo lhe infligirá nosso planeta enfurecido.