A opção pelo voto nulo foi condenada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) em discurso feito em Plenário nesta terça-feira (1º). Ele destacou que há um grande movimento nesse sentido, que refletiria o sentimento de frustração da população com o governo do PT.
Simon também afirmou que os eleitores que pretendem anular seu voto são “honestos, responsáveis e querem manifestar sua revolta e sua mágoa; mas, se fizerem isso, farão o jogo dos piores políticos”.
– Essas pessoas, em geral, têm a melhor das intenções. Mas não entendem que, assim, farão mal à nação – declarou ele, acrescentando que boa parte das pessoas que querem anular o voto são ex-eleitores do próprio PT.
Simon disse, como exemplo, que prefere ver os eleitores do Rio Grande do Sul votando em outros candidatos ao Senado – em vez de optar por ele, que é candidato à reeleição – do que votando nulo ou em branco.
O parlamentar afirmou ainda que se reuniu nesta mesma terça-feira com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quem teria alertado para “os sinais graves” da tendência favorável ao voto nulo, os quais poderão levar, segundo ele, a “conseqüências muito funestas”.
– Votar nulo é um absurdo; é uma loucura – declarou ele.
O discurso de Simon recebeu os apartes dos senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Heloísa Helena (PSOL-AL), Ney Suassuna (PMDB-PB) e Wellington Salgado de Oliveira (PMDB – MG).