Os advogados da estudante Suzane von Richthofen impetraram novo habeas-corpus com pedido liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), para que fosse restituído a ela o benefício da liberdade provisória. Suzane é ré confessa de participar do assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em agosto de 2002. O processo ainda não foi distribuído a um relator.
No pedido de liberdade provisória, a defesa sustenta a inexistência de elementos concretos a justificar a manutenção do seu encarceramento. “Em liberdade, a paciente respondeu a todas as expectativas sociais de um comportamento ajustado e aderente às normas jurídicas. Nunca se recusou nem se omitiu a comparecer em juízo, até mesmo na circunstância absolutamente constrangedora de ser presa. Em nenhum instante ameaçou quem quer que seja. Conhecendo o decreto de prisão, não buscou a fuga. Ao contrário, além de tomar ciência em cartório do libelo, apresentou-se espontaneamente para ser presa assim que tomou conhecimento da decretação de custódia”, afirmaram os advogados.
Dessa forma, a defesa requer que, liminarmente, seja restituída a Suzane a liberdade provisória e, ao final, concedida em definitivo para que ela possa aguardar em liberdade o trânsito em julgado da sentença.
Suzane voltou à cadeia no último dia 10 de abril, a pedido do Ministério Público. Após 10 meses de liberdade, depois de a mídia veicular matéria jornalística em 9/4/2006 sobre os fatos com entrevista de Suzane, a sua prisão preventiva foi decretada para proteção de uma testemunha (seu irmão Andréas) e garantia da ordem pública.
A estudante encontra-se no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior de São Paulo, e o seu julgamento está marcado para 5 de junho de 2006.