O trabalho escravo é a verdadeira caixa-preta que existe no Brasil. A afirmação foi feita, hoje (2), pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Francisco Fausto. “Apesar do que dizem sobre o Judiciário, a verdadeira caixa-preta é mesmo o trabalho escravo. No dia em que for aberta, muitos irão se surpreender com as atrocidades que são cometidas contra o trabalhador”, sustentou durante audiência concedida a um grupo de artistas da região do Entorno de Brasília que desenvolve um projeto contra a exploração indigna da mão-de-obra trabalhadora.
Ao lado da representante da Organização Internacional do Trabalho – OIT, Patrícia Audi, o presidente do TST manifestou seu total apoio à iniciativa dos artistas. Eles pretendem expor seus trabalhos ao ar livre, em diversas cidades do País, a fim de sensibilizar a opinião pública para a gravidade do problema do trabalho escravo. “É uma felicidade, uma benção, que vocês desenvolvam esse projeto. Existe uma necessidade de um maior engajamento popular contra o trabalho escravo”, disse Francisco Fausto. “Até porque pouca gente sabe o que acontece neste tipo de violação aos direitos humanos”, acrescentou ao reforçar sua tese sobre qual a verdadeira caixa- preta existente no País.
Participaram da audiência os artistas Valéria Pena-Costa, Clarissa Borges, Marta Penner, Nazareno, André Santagelo, Waleska Reuter, Rodrigo Paglieri, Sofia Fernandes, Biancho, Marco Aurélio Tavares e Janaina André.