Press "Enter" to skip to content

Juizado Criminal no Maracanã atende dezenas de ocorrências durante o Fla-Flu

O Juizado Especial Criminal, montado no Maracanã, durante o Fla-Flu de domingo passado, atendeu a 84 ocorrências, das quais 62 resultaram em punição dos envolvidos com penalidades leves, como a proibição de comparecer aos demais jogos do campeonato brasileiro. O balanço foi feito ontem pelo juiz Murilo Kieling, que considerou “altamente positiva” essa segunda experiência. No jogo de estréia do Juizado do Maracanã – Vasco e Fluminense, pela final do campeonato carioca – foram registradas apenas oito ocorrências.

– Agora a notícia vai se espalhar cada vez mais: acabou a impunidade dos torcedores que vão para o Maracanã e querem brigar – destacou o juiz, que juntamente com o promotor Alexandre Temístocles, o defensor público Américo Grilo, e diversos policiais civis e militares, além de peritos do Instituto Médico Legal, esteve no estádio para punir na hora os torcedores envolvidos em confusão.

Todos os torcedores punidos com a proibição de não comparecer aos jogos de futebol até o final do campeonato, terão que comparecer nas delegacias mais próximas de sua casa, durante o andamento das três próximas partidas do Flamengo ou do Fluminense para deixar registrado no livro de ocorrências que não estão no Maracanã. Os torcedores que se envolveram em casos mais sérios foram levados para a Polinter, juntamente com aqueles que já tinham antecedentes criminais.

O mais importante – disse o juiz Kieling – é que os torcedores e até mesmo os policiais que estão no estádio, sabem onde encontrar um juiz, um promotor e um defensor público. Casos que antes ficavam impunes, hoje viram registro policial com a punição imediata. Houve até o caso de dois torcedores do Flamengo que se desentenderam porque um levantava uma bandeira e impedia a visão do que estava atrás. Esse caso foi resolvido sem registro – explicou o juiz.

A polícia, pouco antes do jogo, prendeu cerca de 50 pessoas que estavam brigando. Todas foram levadas para o Juizado e ficaram sem ver o jogo, detidas dentro de um ônibus da Polícia Civil. Com seis foram encontradas bombas de fabricação caseira e os acusados foram autuados. Três dos envolvidos no tumulto tinham ficha penal e foram levados para a Polinter.