A juíza Sônia Maria Garcia Gomes Pinto, da 1ª Vara Criminal de Bangu, decretou hoje (19 de julho) a prisão preventiva de Márcio Silva Macedo, vulgo ‘Gigante’, Adair Marlon Duarte, o ‘Aldair da Mangueira’, Marcos Antônio da Silva Tavares, conhecido como ‘Marquinho Niterói’, e Ricardo Chaves de Castro Lima ou ‘Ricardo Fu’, por associação para o tráfico de drogas. Mesmo presos em Bangu I, eles continuavam comandando a compra e venda de entorpecentes, segundo gravações telefônicas feitas de dentro do presídio nos meses de maio e junho últimos.
Na próxima segunda-feira, dia 22, a partir das 11h, a juíza Sônia Maria irá a Bangu I interrogar os quatro acusados, além de Luiz Fernando da Costa, o ‘Fernandinho Beira-Mar’ e Marcos Maurinho dos Santos, vulgo ‘Chapolim’. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por associação para o tráfico, extorsão e formação de quadrilha armada, junto com ‘Marquinho Niterói’ e o advogado Hélio Rodrigues Macedo, que está preso na Polinter por ter curso superior. Ele também deverá ser interrogado no mesmo dia, no Fórum de Bangu.
Apesar de já estarem presos por condenações em outros processos, a prisão preventiva foi necessária, segundo a juíza Sônia Maria, “não só para garantir a ordem pública como também a instrução criminal”. Além disso, esses novos crimes ajudam a evitar que eles tenham direito à progressão de regime ou outro tipo de benefício previsto na Lei de Execuções Penais e que possa vir a colocá-los em liberdade.
A decisão de ir ao presídio para o interrogatório partiu da própria juíza de Bangu, para evitar o deslocamento dos presos e os conseqüentes transtornos ao trânsito e deslocamentos de dezenas de policiais. Segundo o presidente do TJ, desembargador Marcus Faver, não há nenhum impedimento legal para a ida da magistrada a Bangu I, principalmente no interrogatório dos presos, quando não há necessidade da presença de testemunhas por exemplo. “Ela está apenas agindo com grande espírito público, para evitar que os acusados sejam levados ao Fórum”, completou o desembargador.