O Banco Central comunicou hoje (8) a publicação de três circulares que alteram as regras para operações em moeda estrangeiras de bancos. As mudanças visam reduzir a exposição cambial, ou seja, o risco que uma operação financeira corre de haver uma mudança na cotação das moedas estrangeiras em relação ao real.
De acordo com a circular 3.352, a exposição cambial – limite permitido para manter aplicações em moedas estrangeiras – foi reduzido de 60% para 30% do patrimônio de referência do banco.
A circular 3.353 determina que, a partir do dia 2 de julho, o requerimento de capital – espécie de seguro para garantir a exposição cambial – passará de 50% para 100%.
Já a circular 3.351 estabelece que, também a partir de 2 de julho, as exposições compensadas entre instituições de um mesmo conglomerado, no país e no exterior, receberão tratamento específico. Atualmente, exposições contrárias (compradas e vendidas) realizadas no país e no exterior por instituições integrantes de um mesmo conglomerado compensam-se entre si, não resultando em exposição cambial sujeita ao limite estabelecido pela lei. Com a nova circular, o valor compensado internacionalmente pelo conglomerado será adicionado à exposição cambial líquida do conglomerado.
A nota divulgada nesta noite pelo BC afirma que á medida é “prudencial”, com o objetivo de acompanhar o “quadro de contínuo aumento das exposições cambiais do Sistema Financeiro Nacional (SFN)”. Não foram divulgadas, até o momento, explicações mais detalhadas sobre os objetivos das mudanças.