As empresas aéreas terão de ter aviões de reserva para evitar crises, como a que ocorreu no final deste ano com atrasos e cancelamento de vôos nos aeroportos do país. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) editará, neste mês, portaria estabelecendo um modelo de plano de contingenciamento.
“Vamos dar um modelo, e caberá à empresa dizer como vai aplicar, de acordo com a malha, com a capacidade de cada uma”, informou Denise Abreu, diretora da Anac.
Denise Abreu afirmou que o fato de as empresas terem que manter aviões parados, de reserva, não gera custos elevado para as companhias e aumento do preço das passagens aéreas.
“As ações na Justiça [devido à crise no final de 2006, com atrasos e cancelamento de vôos] têm um valor pesado, que pode custar mais do que ter um plano de contingência”, argumentou.
O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, afirmou que a crise ocorrida no ano passado foi por não haver reservas para prevenir transtornos. “O problema foi falta de reserva de tudo: de controladores, de link de comunicação [do Cindacta 1], das [aeronaves de] empresas aéreas. Quando o sistema está muito perto do limite, qualquer problema foge do controle”, disse Zuanazzi.