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Ministério Público Militar pede que Aeronáutica investigação do caso

A pedido do Ministério Público Militar (MPM), a Aeronáutica terá de investigar a paralisação dos controladores de vôo ocorrida na sexta-feira (30). Hoje (02), representantes da Procuradoria da Justiça Militar em Brasília encaminharam ao comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, um ofício requisitando que seja aberto Inquérito policial militar para apurar os fatos. O ofício do MPM é assinado pelo procurador Giovanni Rattacaso e pelos promotores Ione de Souza Cruz, Jaime de Cassio Miranda e Ana Carolina Scultori Tele Leiro.

O MPM quer averiguar se, durante o episódio, os controladores praticaram crimes militares como insubordinação (a paralisação, contrariando as ordens) ou motim (se for caracterizada uma greve), além de infrações de outra natureza. Caso os crimes sejam confirmados, o MPM irá denunciar os responsáveis. Segundo o MPM, por ser militar, a categoria não pode promover paralisações como a que atingiu aos aeroportos de todo o país. Após instaurado, o Inquérito tem prazo de 40 dias para ser concluído.

Durante o protesto, os controladores de vôo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (Cindacta) paralisaram as atividades, o que resultou em na suspensão de decolagens de todos os 67 aeroportos comerciais do país, segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

No programa de rádio Café com o Presidente, apresentado hoje (2), Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “irresponsável” a atitude dos controladores. “Eu acho muito grave o que aconteceu, acho grave e acho irresponsabilidade pessoas que têm funções que são consideradas essenciais e funções delicadas, porque estão lidando com milhares de passageiros que estão sobrevoando o território nacional”, afirmou.