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Novo método do IBGE eleva resultado da economia brasileira

O novo método de calcular o Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo país, aumentou os resultados apresentados pela taxa de crescimento para o período entre 2002 e 2005. Os números foram apresentados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2005, por exemplo, a informação anterior era de que o crescimento em relação a 2004 havia sido de 2,3% e com o novo cálculo, que inclui um detalhamento maior da análise do PIB foi verificado um crescimento de 2,9%. Em 2004, o crescimento do PIB passou de 4,9% para 5,7%. Nos dois anos anteriores, o novo cálculo mudou as taxas de crescimento econômico de 1,9% para 2,7%, em 2002, e de 0,5% para 1,1%, em 2003.

Segundo o IBGE, entre 1995 e 2001 apenas o ano de 1997 teve uma taxa de crescimento maior com o novo cálculo. Os anos de 1996 e de 1998 tiveram crescimento menor do que o IBGE havia divulgado anteriormente com o cálculo antigo. Em 2001, o valor se manteve estável em 1,3%.

O novo método de calcular o PIB trabalha com mais fontes de informação e leva em consideração 293 produtos e 149 atividades econômicas. Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Nunes isso permite fazer um cálculo mais preciso.

Entre as mudanças na metodologia está o uso de informações anuais da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica, que serão repassadas ao instituto pela Receita Federal. Outra novidade será o uso de informações das quatro pesquisas anuais setoriais realizadas pelo IBGE: indústria, comércio, serviços e construção civil.

O IBGE aumentou o número de atividades econômicas analisadas, que passaram de 43 para 149. O número de produtos avaliados também foi ampliado de 80 para 293.

Taxa de crescimento do PIB brasileiro entre 1995 e 2005
 Série antigaSérie nova
19954,2%4,2%
19962,7%2,2%
19973,3%3,4%
19980,1%0,0%
19990,8%0,3%
20004,4%4,3%
20011,3%1,3%
20021,9%2,7%
20030,5%1,1%
20044,9%5,7%
20052,3%2,9%
20062,9%*