O estado do Rio de Janeiro terá o apoio da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas, ambas da esfera federal, no combate à violência. A decisão foi tomada hoje (3).
A Força Nacional vai cuidar do policiamento das divisas do estado, num primeiro momento, para coibir a entrada de armas e drogas. O Rio faz fronteira com São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
Depois, os agentes devem gradualmente passar a ocupar também as ruas da cidade do Rio, até os Jogos Pan-Americanos, que serão realizados em julho. Segundo o governador do Rio, Sérgio Cabral, a Força Nacional chegará “em breve”.
As Forças Armadas terão a missão de dar apoio operacional às polícias civil e militar. O governador fará ainda um pedido oficial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que passem a patrulhar as ruas do entorno de seus quartéis no estado.
Mas mesmo sem o pedido, Marinha, Exército e Aeronáutica já adiantaram que vão ajudar as polícias do Rio através do treinamento de policiais e do empréstimo de helicópteros e lanchas.
Cabral disse que a integração será um trabalho permanente. “Essa reunião [em que foi tomada a decisão] é inédita. Nosso espírito é de cooperação, de servir a população. Aqui não há disputa de direito autoral por feitos na área de segurança pública”.
Neste mês, também devem entrar em funcionamento os gabinetes de gestão integrada de segurança do estado do Rio e da região Sudeste. O primeiro vai reunir representantes dos governos municipal, estadual e federal. O segundo, do Rio, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais.
O Rio de Janeiro viveu nos últimos dias uma onda de violência que teve início no dia 28 dezembro, com uma série de ataques coordenados que causou 19 mortes. Recém empossado, Sérgio Cabral optou pelo apoio do governo federal, algo que sua antecessora Rosinha Matheus sempre rejeitou.
Participaram da reunião o governador, o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, comandantes regionais das Forças Armadas e representantes da segurança pública do estado e da prefeitura.