Press "Enter" to skip to content

Parcelamento de dívidas lidera ranking de reclamações contra os bancos

Pedidos para o parcelamento de dívidas lideram o ranking de reclamações dos consumidores em relação ao sistema bancário, segundo o secretário estadual de Defesa do Consumidor do Rio de Janeiro, José Teixeira Fernandes. Sem poder pagar o total, os clientes exigem que seja feito o parcelamento.

O secretário de Defesa do Consumidor revelou que no caso do parcelamento de dívidas, as principais reclamações estão ligadas à inadimplência de cartão de crédito, cheque especial e empréstimo bancário. Em segundo lugar está a discussão sobre os juros cobrados não só nos parcelamentos, mas também nos financiamentos junto aos bancos e nos cartões.

A renegociação de prestações em atraso aparece na terceira posição entre os reclamantes. “Alguns consumidores cujas prestações ficaram em atraso vêm ao Procon para renegociar isso”, explicou Fernandes. Seguem-se as cobranças indevidas que, “na sua maioria, todos nós consumidores sofremos. São aquelas taxas que a gente não conhece e que são indevidas, do tipo extrato detalhado, que o consumidor não pediu e o banco manda e cobra”, expôs. Outro exemplo são as tarifas sobre cheques de pequeno valor, lembrou Fernandes.

Na avaliação do secretário, a tendência é que as reclamações feitas pela população contra o atendimento dos bancos não diminuam. Ele disse que “o problema dos bancos hoje é que as taxas estão liberadas e atrelado a isso os bancos começam a cobrar o que querem”.

O secretário disse que enquanto alguns bancos cobram R$ 1,20 por um talão de cheques de dez folhas, outras instituições chegam a cobrar R$ 0,30 por folha de cheque usada. Esse valor pode atingir até R$ 0,50 por folha compensada, em algumas redes bancárias. “É uma maneira de estar cobrando mais ainda em função da liberação das taxas autorizada pelo Banco Central, que nós consideramos que é absurda”, avaliou.

Os bancos brasileiros e latino-americanos debaterão a partir do dia 12 deste mês temas como integração e desenvolvimento sustentado na América Latina, durante a 40ª Assembléia Anual da Federação Latino-Americana de Bancos (Felaban).