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Ministro da Educação não aceita intermediação na greve dos docentes

A intermediação do presidente do Superior Tribunal de Justiça, solicitada pelos docentes com o objetivo de encontrar uma saída para o impasse da greve dos professores das universidades federais, foi considerada desnecessária, pelo menos por enquanto, pelo ministro da Educação, Paulo Renato Souza. O posicionamento do integrante do primeiro escalão do governo federal foi expresso em ligação telefônica que fez ao ministro Paulo Costa Leite no final da manhã de hoje (23). “O ministro da Educação afirmou que, por enquanto, não há necessidade de uma mediação e que há espaço para uma negociação direta”, revelou o presidente do STJ ao comunicar a impossibilidade de mediar um acordo ao professor Roberto Leher, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior – Andes.

“Eu não quero tecer nenhum comentário sobre a negativa do ministro da Educação e nem tecer nenhum juízo de valor. Os docentes me procuraram para auxiliar na busca de uma solução para a greve e eu me dispus a atuar diante da gravidade da situação. Mas afirmei que isso só seria possível se houvesse disposição da outra parte. Só se pode falar em intermediação quando as duas partes têm interesse. O ministro Paulo Renato disse que ainda há espaço para a negociação entre o Ministério e os docentes e que não seria o caso, ainda, de intermediação. Esse é o pensamento de uma das partes e isso tem de ser respeitado”, declarou o presidente do STJ.

“A minha disposição era exclusivamente a de colaborar para encontrar uma solução para o impasse. Mas o ministro da Educação disse que ainda não esgotou a negociação direta. Só me cabe agradecer a confiança dos professores na atuação do Poder Judiciário, o que para nós é muito importante”, acrescentou Paulo Costa Leite, que também reafirmou sua disponibilidade em auxiliar na busca de uma solução para a greve desde que seja procurado por ambas as partes. “Neste caso, nós estaremos à disposição. Nossa responsabilidade pública nos convoca a isso”, concluiu.

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