c. O relator da CPI do Futebol, senador Geraldo Althoff, revelou que a Fferj fez um depósito para José Aremita de Lima, que seria “laranja” do presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda.
Segundo Viana, os depósitos são feitos a pedido dos clubes de futebol e não é responsabilidade da federação fiscalizar como eles usam o dinheiro. O dirigente também disse desconhecer que, na época do depósito, as contas do Vasco estavam bloqueadas pela Justiça.
O presidente da Fferj também alegou desconhecer gastos de R$ 1,9 milhão, feitos em 2000, classificados como “diversos” nos registros contábeis, apesar de se tratarem da maior despesa da entidade no ano passado. Segundo Althoff, estava faltando a folha do livro-razão que esclareceria os gastos.
– Não posso admitir que dirigente de uma entidade por 16 anos não assuma a responsabilidade de seus atos administrativos e sobre sua contabilidade – lamentou Althoff, pedindo que a Polícia Federal do Rio tome o depoimento do contador da Fferj, José Ângelo dos Santos.
O senador Antero de Barros (PSDB-MT) também apresentou indícios de evasão de renda em jogos realizados no Rio. Ele citou que, em depoimento à CPI da CBF, na Câmara, o deputado estadual José Francisco Veloso, que participou de uma CPI estadual sobre o desvio das rendas da venda de ingressos, disse que foi constatada a venda de ingressos falsos por terceiros e funcionários da própria Fferj.